PREPARAÇÃO
O Roteiro do filme “O Homem que Não Dormia” era um antigo projeto do diretor Edgard Navarro. Após a captação dos recursos financeiros, da escolha dos chefes de cada departamento do filme e de sucessivas correções, cortes e impressões do roteiro, Edgard, disponibilizou sua história para leitura efetuada por uma restrita equipe, formada pela Diretora de Arte, pelo 2º Assistente de Direção, pelo Diretor de Fotografia, Diretor de Arte e seu (a) assistente. A partir daí, visitas à locação foram sendo providenciadas e a análise técnica do filme começou a ser confeccionada. Isto era Janeiro, quando os outros integrantes das equipes começavam a ser convocados, reuniões para discutir o projeto eram efetivadas e os trabalhos de pesquisa começavam a ser desenvolvidos.
VISITA A LOCAÇÕES
Praticamente todas centradas em Igatú, as locações foram sendo buscadas uma por uma de acordo com o gosto conjunto dos diretores do filme, de arte e fotografia. As escolhas, porém, não são aleatórias uma vez que, como abordado anteriormente, casas, quartos e ambientes falam muito sobre os personagens e suas personalidades. Durante três dias – de 23 a 25 de janeiro de 2009 - uma reduzida equipe foi a campo aprovar as locações cogitadas em visitas anteriores à cidade de Igatú. Esta equipe era formada por: diretor do filme, diretor de arte e sua assistente, diretor de fotografia, chefe da elétrica, diretora de produção, produtor de locação. Cada membro respeitando a sua função, discussões sobre a viabilização das filmagens foram levantados, assim como problemas e soluções (para luz, fotografia, som e arte) de modo que a melhor escolha fosse efetivada ao fim da jornada de visitação.
DECUPAGEM DA ARTE
A partir da análise técnica e, mais preponderantemente, do roteiro a arte começou o seu trabalho de decupagem, identificando as locações (internas e externas); o momento em que as ações aconteciam na história (dia ou noite); os objetos de cena destacados no roteiro; identificando, também, onde e quais eram os efeitos especiais, traquitanas ou caracterizações presentes no filme. O roteiro foi, então, desmontado da sua ordem de sucessão dos acontecimentos e as peças que guiavam a equipe de arte eram as locações, objetos e cenas em que eles apareceriam. A partir deste ponto se pensava na necessidade de decoração do espaço, de construção do ambiente no qual o personagem iria desenvolver a sua história. Este ambiente deveria respeitar o perfil de cada personagem. Pesquisas são, então, o primeiro passo para a viabilização de uma idéia e dão coesão ao conjunto visual a ser criado num futuro próximo.
PROJETO DA ARTE
PROJETO DA ARTE
Em fevereiro de 2009 a equipe de Arte estava quase toda formada. Para a fase da construção do conceito do filme, cenógrafa, assistentes e o próprio diretor de arte atuavam em extensas pesquisas e discussões de formato, referências. A identidade visual do filme paulatinamente se formava, assim como o Projeto de Arte em si. Esta identidade visual possui uma ampla gama de atuação, uma vez que se firmavam tanto em características físicas dos personagens da trama quanto no ambiente que os circundava. Foi nesta etapa também que as linhas conceituais de figurino e do cenários foram pré-estabelecidas.
Guiado pelo roteiro, o projeto de arte ficou configurado da seguinte maneira:
1. Nas primeiras cenas do longa-metragem ocorre a apresentação dos personagens e é o momento em que se inaugura o enigma da história, esta que tem a corporificação etérea em um pesadelo, comum a cinco diferentes habitantes de uma pequena cidade do interior. Neste pesadelo um misterioso peregrino chega à cidadezinha onde residem estes principais personagens.
Para esta abertura, que é essencialmente noturna e misteriosa, Igatú recebeu uma coloração acinzentada, endurecida com as texturas de envelhecimento nas fachadas das casas, auferidas com diferentes tons de cinza. A escolha desta escala de cor deu uma atmosfera monocromática e fechada à cidade, além de ser parte da composição cenográfica da primeira e tenebrosa parte do filme.
Guiado pelo roteiro, o projeto de arte ficou configurado da seguinte maneira:
1. Nas primeiras cenas do longa-metragem ocorre a apresentação dos personagens e é o momento em que se inaugura o enigma da história, esta que tem a corporificação etérea em um pesadelo, comum a cinco diferentes habitantes de uma pequena cidade do interior. Neste pesadelo um misterioso peregrino chega à cidadezinha onde residem estes principais personagens.
Para esta abertura, que é essencialmente noturna e misteriosa, Igatú recebeu uma coloração acinzentada, endurecida com as texturas de envelhecimento nas fachadas das casas, auferidas com diferentes tons de cinza. A escolha desta escala de cor deu uma atmosfera monocromática e fechada à cidade, além de ser parte da composição cenográfica da primeira e tenebrosa parte do filme.
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